Vida nova e reconhecimento
Ex-cortador de cana, acostumado a passar horas sob o escaldante sol que castiga os canaviais nordestinos, o pernambucano Josenildo Francisco da Silva, de 24 anos, deixou o campo e agora “sua a camisa” em um emprego urbano, atrás de uma solda no Estaleiro Atlântico Sul, instalado no Complexo Portuário de Suape, a 60 quilômetros de distância do Recife. Em janeiro deste ano, Josenildo levou a medalha de bronze no primeiro campeonato de solda promovido pelo estaleiro – que corre contra o tempo para entregar a primeira de suas 22 encomendas: um petroleiro do tipo Suezmax que será operado pela Petrobras. Como prêmio pelos 58 rolos de arame transformados em solda nas imensas peças dos navios, Josenildo ganhou equipamentos de soldagem e um aumento de R$ 100 no salário, que passou a R$ 2.700 mensais. O primeiro lugar no campeonato ficou com Clécio Robson de Santana, 32 anos, que, após muitas horas extras, derreteu 99 rolos de arame e foi premiado com equipamentos de solda, televisor com tela de LCD e um aumento de salário, hoje em R$ 3.055. Antes de ser campeão da solda, Clécio vendia biscoitos e farinha de trigo aos varejistas do litoral sul de Pernambuco.
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